" ... dia
em que se comemora no mundo aqueles que se convencionou denominar de “mortos”,
segundo os errôneos conceitos da sociedade terrestre. Sinto a bondade afetuosa
das filhinhas, preparando-me os seus pensamentos nas suas homenagens carinhosas
do coração cheio de amor e fico a meditar na inconsistência das convenções
humanas, pois a verdade é que nós somos os verdadeiros vivos da existência
real. É desse modo que todos os desencarnados se aproximam de seus entes
queridos, algemados às lutas purificadoras da atividade material, sentindo-se,
junto daqueles que constituem os verdadeiros “mortos” temporários da carne, no
turbilhão das inquietações e das angústias do aprendizado terrestre. Longe de
nós, meus filhos, o pensamento de menosprezar as santificadas oportunidades que
o ambiente terreno nos oferece, mas valho-me desta referência para demonstrar
que se há “mortos” são os homens, nossos irmãos de jornada arraigados ainda ao
conjunto de células perecíveis que terão de apodrecer um dia como terra de túmulo.
A imagem é triste, mas é verdadeira. Só o espírito não perece e, trazendo à
tona de nossa palestra íntima essas proporções, faço-o no desejo de demonstrar
a vocês quanto é grande e sublime a claridade consoladora do Espiritismo para
os corações."
1
novembro de 1939
Livro:
Sementeira de Luz
Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Neio Lúcio,
organização de Wanda Amorim Joviano
Vinha de Luz Serviço Editorial
Fonte: Projeto Saber e Mudar